
Curva de Rio
O bairro do Paraibuna
É igual curva de rio
A tranqueira aqui se encalha,
Livrar dela é um desafio.
Gente cheia de malicia,
Contando papo furado,
Ou fugindo da policia
Ou de amor desenganado,
Gente sofrendo do juízo,
Todos param por aquí,
Em busca do paraíso
Que eu achei e já perdi.
Gente com o pé na cova
Sem ter onde cair morto,
Chega aqui e já é prova
Que o direito acaba torto.
Gente que se atrapalha
E arma encrenca demais,
Que só é fogo de palha,
Um pé na frente e outro atrás.
Gente falando grosso,
Contando papo a valer
Com o laço no pescoço
Vive no bar a beber.
Sai assim cruzando as pernas,
Errando o caminho da casa.
Se mete em muitas badernas,
É passarinho sem asa.
Ir se embora não tem jeito
Se mudar não dá mais pé
Só dá pra esquentar o peito
Bebendo pinga com “mé”.
O bairro do Paraibuna
É igual curva de rio
A tranqueira aqui se encalha,
Livrar dela é um desafio.
Gente cheia de malicia,
Contando papo furado,
Ou fugindo da policia
Ou de amor desenganado,
Gente sofrendo do juízo,
Todos param por aquí,
Em busca do paraíso
Que eu achei e já perdi.
Gente com o pé na cova
Sem ter onde cair morto,
Chega aqui e já é prova
Que o direito acaba torto.
Gente que se atrapalha
E arma encrenca demais,
Que só é fogo de palha,
Um pé na frente e outro atrás.
Gente falando grosso,
Contando papo a valer
Com o laço no pescoço
Vive no bar a beber.
Sai assim cruzando as pernas,
Errando o caminho da casa.
Se mete em muitas badernas,
É passarinho sem asa.
Ir se embora não tem jeito
Se mudar não dá mais pé
Só dá pra esquentar o peito
Bebendo pinga com “mé”.
Fevereiro de 2007