1 de set. de 2014

Paradoxo



Nunca estou aonde estou,
Nunca penso o que eu penso.

Nunca sinto o que eu sinto,

Nunca posso o que eu posso.



No silencio do tumulto

Vozes voam pelo espaço.

Sons perdidos, tudo escuro,

Nunca faço o que eu faço.



Fico aqui no meu silencio,

Uma dor abrindo os olhos.

Penso nunca no que penso,

Fecho o corpo e me recolho.



Assim em você pensando,

Vou seguindo um paradoxo:

Penso em mim, em você penso,

Nesta estrada sem espaço.

Não procuro o que procuro,

Nunca acho o que eu acho.



Viena, agosto de 2014