Aqui do céu
Tudo é plano – colchão de nuvens,
Luz do sol avermelhando o horizonte.
De repente o mergulho, a visão da terra:
Tapetes verdes, quadriculados, habitações,
Os rios, as estradas, os carros,
A vida humana pulsando,
Seguindo seu próprio ritmo.
Aqui do céu
A bordo do Boeing -
Vejo a Dutra rolar lá embaixo.
Tráfego intenso, formigas correndo,
Seguindo as setas, os rumos:
Direção norte, direção sul,
Qual a diferença?
Realidade engolindo sonhos
Aterrisagem
Recomeço
Voando sobre São Paulo, setembro 2009
29 de jan. de 2010
13 de jan. de 2010
Enchente
A água caiu no bairro do Paraibuna.
Era o fim do ano e o começo do ano.
A água não sabia quando parar:
No fim, ou no começo?
Confusa, continuou a cair.
Com ela caíram as pontes, os barrancos e as casas que estavam em baixo dos barrancos.
Nativos ficaram olhando, recolhendo a mobília, mudando, contando.
Forasteiros pularam pra dentro dos 4x4 e se foram.
O bairro está quieto.
Barulhinho de uma moto, um fusquinha.
Vozes na estrada, cascos de cavalo.
Cadê os carrões?
Bairro do Paraibuna 31.12. 2009/01.01.2010
Era o fim do ano e o começo do ano.
A água não sabia quando parar:
No fim, ou no começo?
Confusa, continuou a cair.
Com ela caíram as pontes, os barrancos e as casas que estavam em baixo dos barrancos.
Nativos ficaram olhando, recolhendo a mobília, mudando, contando.
Forasteiros pularam pra dentro dos 4x4 e se foram.
O bairro está quieto.
Barulhinho de uma moto, um fusquinha.
Vozes na estrada, cascos de cavalo.
Cadê os carrões?
Bairro do Paraibuna 31.12. 2009/01.01.2010
Cunha Grisalha
Cunha às cinco e meia da tarde,
Um espichar de luzes e cores,
Cidade-mistério – olhando um futuro distante.
Dulce Maia!
Quantas Dulces seremos?
Já a cidade está salpicada de cabelos brancos.
Cunha, Janeiro de 2010
Um espichar de luzes e cores,
Cidade-mistério – olhando um futuro distante.
Dulce Maia!
Quantas Dulces seremos?
Já a cidade está salpicada de cabelos brancos.
Cunha, Janeiro de 2010
A sombra
Eu sonho,
E no meu sonho
Uma sombra estranha
Envolta em brumas, tortas raízes,
Em negra lama se esconde.
É um vulto que desliza,
Um sopro, o roçar da brisa
No meio da noite escura.
Grota do junco, 2008
E no meu sonho
Uma sombra estranha
Envolta em brumas, tortas raízes,
Em negra lama se esconde.
É um vulto que desliza,
Um sopro, o roçar da brisa
No meio da noite escura.
Grota do junco, 2008
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