Deitada na rede
E sonhando pra lua,
Conjuro uma imagem
Que deve ser sua.
Na sua galáxia
Tão distante e fria,
Ocupo um espaço
Na periferia.
Poeira de estrela,
Grãozinho de areia,
Seu sangue não corre
Nesta minha veia
E a música densa
Do seu universo
É forte demais
Pro meu pobre verso.
Grota do Junco, junho de 2010
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